terça-feira, 22 de maio de 2012

Review: Op. Raccoon City

Review

Resident Evil: Operation Raccoon City foi lançado sob imensa expectativa. Afinal, a Capcom delegou o desenvolvimento do jogo para a Slant Six Games, encarregando-se apenas da produção e da revisão de aspectos como enredo e coerência com o resto da série.

Como resultado, a pouco conhecida empresa entregou um jogo focado totalmente na ação, mas que revisita cenários de quando o título era o carro-chefe do survival horror. O que poderia ser um agregador de fãs (ao agradar aos veteranos e conquistar novatos) acabou, entretanto, em uma das maiores decepções da franquia.

Resident Evil: Operation Raccoon (Foto: Divulgação) 

Nota:
  • 7
  •  
  • 4
  •  
  • 7
  •  
  • 8



Prós
  • A boa e velha Raccoon City
  • Você não está sozinho
Contras
  • Falou muito e fez pouco
  • Sistema de mira com falhas
  • I.A. fraca
  • Game não lembra nem um pouco a franquia
  • Final tosco, inesperado e talvez o pior de todos os games












Conclusão
Operation Raccoon City é um belo jogo da Capcom, possui belos gráficos e apresenta um enredo interessante, onde você revive histórias de Resident Evil 2 e 3, mas acabou que o game falhou em uma das principais coisas que um jogo deve ter, uma boa jogabilidade, não é nem um pouco divertido matar zumbis e outros inimigos que aparecem pelo game, e isso atrapalha muito na diversão do jogo, além disso, o jogo não lembra nem um poco a história da série Resident Evil, se baseando agora mais em um jogo de ação do que em um jogo survival horror. Infelizmente a Capcom não acertou a mão nesse jogo tão aguardado e deixará muitos fãs irritados, agora é melhor esquecer esse jogo e começar a esperar Resident Evil 6 e torcer por coisa melhor.

Confira a análise em vídeo feito pelo Santa Games sobre o jogo:



Operation Raccoon City é até uma ideia interessante, mas acaba sendo um grande pesadelo.


Nome: Resident Evil: Operation Raccon City
Gênero: Ação
Distribuidora: Capcom
Plataformas: PS3, Xbox 360 e PC
Resident Evil: Operation Raccoon City
Prós

A boa e velha Raccoon City

A história de "Operation Raccoon City" se desenrola entre Resident Evil 2 e 3. Jogos da franquia que deixam os fãs mais antigos com saudade.
Contudo, não espere controlar os mocinhos destas aventuras, mas sim um grupo que pode até ser considerado como o vilão de tudo, o esquadrão de Segurança da Umbrella.

Apesar de serem personagens inéditos, eles caminham por cenários bem conhecidos, como as ruas de Raccoon City, o hospital local, a delegacia e laboratórios escondidos.

Personagens já consagrados, como Leon, Nicholai, Hunk, Ada e os zumbis também estão lá, para delírio dos fãs de longa data.

Resident Evil: Operation Raccoon (Foto: Divulgação)
Esquadrão de Segurança da Umbrlla - U.S.S. Wolfpack
E não são apenas detalhes óbvios: os mais fanáticos por Resident Evil vão descobrir detalhes minuciosos, easter eggs divertidos colocados especialmente para quem jogou todos os títulos da série. Além disso, vale a pena conhecer grandes acontecimentos da cronologia oficial a partir de um ponto de vista diferente daquele que envolve os protagonistas convencionais.

Nunca sozinho

Desde o início da divulgação do game, o modo multiplayer era o grande foco das peças de publicidade. No fim das contas, era o certo: jogar ao lado de personagens controlados por humanos é uma experiência muito maior em Operation Raccoon City.


A melhor parte é que são vários modos disponíveis. Você pode jogar a campanha online ou optar por mini games, como o “Heroes Mode”, que traz personagens clássicos da série, ou várias formas de disputa entre a USS e a Spec Ops (o exército do governo norte-americano, os personagens “do bem”). Com fone de ouvido e microfone, conversando e interagindo com seus parceiros, tudo fica ainda mais divertido.

Sucesso nas paradas

A trilha sonora sempre faz parte da franquia, aumentando ainda mais o clima de mistério dos jogos. Aqui, como o foco está mais na ação, espere batidas pesadas e de ritmo acelerado, mas de igual qualidade.

Momentos de suspense e em cenários escuros recebem melodias mais tensas, contribuindo até para construir um leve clima de terror em meio ao caos de Raccoon City. Os efeitos sonoros também vão na mesma linha: granadas, tiros e até o gemido dos zumbis são de alta qualidade, reproduzindo com realismo como seria uma guerra urbana nas ruas de uma cidade infestada por mortos-vivos.

Violência gratuita

Se você já jogou algum game da série God of War e gosta bastante da violência que o game lhe traz, então você vai adorar o novo Resident Evil nesse quesito.
Existe coisa melhor que dar um belo head-shot num zumbi e ver seu sangue espirrando pra todo lado? Ou talvez esmagar seus crânios com um pisão em suas cabeças?


Operation Raccoon City é até agora o mais violento da série, e possui tudo o que mencionei acima. Se procura por um jogo sangrento e violento, então veio ao lugar certo.


Gameplay:



Contras

Alguém viu um bug perdido por aí?

São duas as hipóteses aqui: ou a Capcom pressionou a Slant Six para um lançamento rápido (afinal, o sexto título da franquia pode sair no final do ano), ou a desenvolvedora quis mostrar seviço e entregou o produto o mais depressa possível. Isso porque a impressão que fica é que o jogo foi feito às pressas – e só isso explica tantos erros cometidos.

O motor de jogo, que é o mesmo utilizado na série SOCOM, mostra-se uma escolha infeliz para abrigar um título grande como Resident Evil. A mira não é muito precisa e os movimentos do personagem são travados e lentos. Mesmo quem está acostumado com jogos do gênero de tiro em terceira pessoa vai estranhar a jogabilidade.


O botão de ação (“A” no 360 e “X” no PS3) é bastante usado pegar itens no chão ou reviver companheiros abatidos, mas foi mal-implementado. Várias vezes, você vai realizar a ação errada em uma situação, como pegar munição sem querer em vez de reanimar um colega, por exemplo.

Abrir portas nem sempre é possível quando você se aproxima de uma, sendo necessário recuar e encostar novamente no objeto – e esses segundos podem ser fatais contra uma horda de mortos-vivos.

Vários bugs também são percebidos, como paredes invisíveis nos cenários e um sistema de colisão bastante irregular (perceba como o movimento de se agachar em uma proteção nem sempre funciona). Mesmo que você não ligue tanto para esse tipo de defeito técnico, durante a jogatina você provavelmente será prejudicado por uma dessas falhas.

Que burro, dá zero para ele!

Parece irônico se referir ao movimento de inimigos e aliados como “inteligência artificial”. Se você se irritava facilmente com as besteiras feitas por personagens como Ashley e Sheva, de Resident Evil 4 e Resident Evil 5, prepare-se.


Aqui, outro desleixo da engine da Slant Six: seus colegas de equipe se limitam a andar ao seu lado, atirar para frente e curá-lo, sendo quase inofensivos em combate e até atrapalhando a movimentação ao entrar na sua frente de vez em quando. Na hora de atirar, você faz praticamente todo o trabalho.

Já os inimigos ganharam uma configuração melhor, mas também não escapam das críticas. Alguns soldados da Spec Ops passam correndo por você sem atirar, enquanto outros ficam encarando seu personagem até serem mortos ou só então começarem a atacar.

Apagaram a luz

Os cenários de Resident Evil: Operation Raccoon City ganham pela nostalgia, mas têm um pequeno problema: como é que alguém consegue enxergar alguma coisa naqueles locais? Tudo bem que a falta de iluminação é para dar um clima de mistério e esconder perigos, como os mortos-vivos, mas isso prejudica demais a contemplação dos detalhes e dos cenários, além da jogatina em si.


Em alguns corredores simples, você parece estar em um labirinto simplesmente por não conseguir enxergar onde está a porta de saída – e, muitas vezes, é preciso apelar ao minimapa, localizado no canto superior direito da tela, só para saber por onde caminhar.

O que aconteceu mesmo?

Outra ausência está no enredo do jogo: quem nunca experimentou qualquer outro da série vai se sentir perdido na história, já que algumas missões começam depois de apenas algumas linhas de contextualização. Desse modo, o veterano acaba aproveitando muito mais o game do que alguém que está começando a conhecer Resident Evil. Além disso, os personagens novos podem ter estilo, mas estão longe de agradar como os protagonistas mais clássicos da franquia.

Survival horror cada vez mais distante da série

É impossível escapar da ideia de que a série Resident Evil se perdeu um pouco pelo caminho.
Não que os jogos tenham se tornado ruins, mas o foco original no survival horror, com uma atmosfera pesada, escassez de recursos, e muitos sustos, praticamente acabou.


Resident Evil 4, um dos melhores da franquia, mostra bem essa mudança de tom, indo da exploração lenta de um ambiente inóspito à ação desenfreada com grandes tiroteios. Afinal, quando inimigos passam a vestir camuflagem militar e usar metralhadoras giratórias em você, o horror já foi embora há muito tempo.

Resident Evil 5: Em RE5, a Capcom esquece o estilo de vez e partiu direto para a ação, usando pela primeira vez dias ensolarados (para aumentar a qualidade gráfica) e um sistema de companheiro, o que diminuiu a sensação de insegurança, além do game possuir um cenário mais amplo e muitos inimigos na tela, pra todos os lados.
O problema é que ele mantém a jogabilidade "travada" de um survival horror, e acaba perdendo sua identidade.

Resident Evil - Revelations: Um dos primeiros jogos anunciados para o 3DS, e lançado em fevereiro, busca reencontrar a atmosfera claustrofóbica dos games originais, com corredores estreitos, pouca munição, ruídos estranhos e uma constante sensação de insegurança.
Este ajudou a lembrar o jeitão medonho da série, mas não é todo mundo que possui um Nintendo 3DS.

Resident Evil - Operation Raccoon City: Neste novo game, ele mudou praticamente todo o gameplay que a franquia possuía, com um novo sistema de mira, mais companheiros e armas super-tunadas nas suas mãos, rapidamente percebemos que a série continua o estilo de jogo que deixou a série tão famosa. Sendo que o game não passará hora nenhuma algum susto em você.

Quem sabe Resident Evil 6, o último game da série a ser lançado neste ano não relembre os velhos tempos? Até porque existe muito fãs querendo isso.

Gráficos abaixo da média

Quando falamos nos gráficos, não dá pra dizer que eles estão simples, basta olhar pra cara do Leon na imagem abaixo e ver que não há nenhum detalhe na sua face. Mas acho que os fãs não ficarão irritados com eles, até mesmo porque existe muita coisa pior no game


Conclusão

Operation Raccoon City é até um belo game da Capcom, possui gráficos que divide opiniões e apresenta um enredo que gera saudade por lembrar antigos jogos da série, (RE2 e 3) mas falhou e feio no seu gameplay, além da série continuar esquecendo o famoso survival horror que fez a franquia ficar tão famosa no primeiro console da Sony.
Melhor começar a pensar no próximo lançamento da franquia e o último da série no ano...
Resident Evil 6


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