Review
Catherine é um jogo de ação/terror e aventura/puzzle. Desenvolvido pela Atlus, o projeto marca a entrada oficial da equipe que deu origem à série de RPGs Persona na sétima geração de consoles. A trama, confusa em um primeiro momento, gira em torno de Vincent, um rapaz de 32 anos que atua como gerente em uma companhia de roupas e acessórios.
Sua relação com Katherine — antiga amiga de colégio, que ainda reside na mesma cidade — é marcada pelo erotismo e por confrontos, ainda que os motivos não possam ser imediatamente explicados.
Contudo, um encontro muda a vida dos personagens. Vincent conhece outra jovem, dotada de um corpo extremamente sensual, cabelos loiros e olhos claros. A garota é Catherine e o encontro logo tem um fim carnal. Logo após a relação, já em seu descanso, Vincent passa a ser atordoado por uma enorme sucessão de pesadelos.
Criaturas bípedes com aparência de ovelhas (mas engravatadas, como os executivos de uma empresa) percorrem corredores infernais, enquanto o protagonista não entende o que o cerca. Os devaneios sempre culminam na sua morte, com seres ainda mais apavorantes o perseguindo. Logo, percebe-se que há uma relação entre o universo dos sonhos e o real, em uma situação que mistura assassinatos, traições e outros crimes.
Nota:
- 9
- 9
- 9
- 9
Prós
- Conceito inovador
- Gráficos muito bonitos
- Jogabilidade diferente e divertida
- Enredo envolvente e 8 finais
Contras
- Dificuldade elevada
- Sem legendas em português
Conclusão
Catherine é uma bela opção para quem busca algo novo nos videogames atuais. O game pode ser bem difícil para quem não está acostumado com um desafio mais alto, mas ainda assim vai divertir pela história, que é repleta de reviravoltas e outras surpresinhas na jogabilidade. No final, só resta a pergunta: E aí, Catherine ou Katherine?
Confira a análise do Santa Games sobre Catherine:
Catherine flerta com traição e fidelidade em game inovador
Nome: Catherine
Gênero: Aventura / Puzzle
Distribuidora: Atlus (Distribuído no Brasil pela NC Games)
Plataformas: PS3, Xbox 360
Gênero: Aventura / Puzzle
Distribuidora: Atlus (Distribuído no Brasil pela NC Games)
Plataformas: PS3, Xbox 360
Catherine |
Alguns jogadores costumam reclamar da saturação do atual mercado de games. Realmente, ainda que com grandes títulos, a geração está repleta de games de tiro em primeira pessoa ou remakes em alta definição de jogos antigos. Vez ou outra surge uma ideia original, principalmente de produtoras pequenas.
A novidade da vez, porém, vem de um estúdio já bem conhecido pelos fãs. A Atlus, famosa pela série Shin Megami Tensei, resolveu lançar um game baseado no conceito de traição. Sim, aquela traição que pode ocorrer em um casal de namorados, noivos, ou até com alguém casado. Este game é Catherine, que tem uma proposta interessante e que desperta, no mínimo, a curiosidade de qualquer um, até nos mais fieis. Confira nossa análise completa:
Catherine e Katherine
Catherine é um conto de amor, ódio e traição e fidelidade. O game é centrado em Vincent Brooks, um homem de 32 anos que leva uma vida normal de assalariado e diversão com os amigos no bar Stray Sheep para tomar bons drinks. Vincent também tem uma vida amorosa muito boa, já que namora com Katherine McBride (com “K” mesmo), uma jovem bem sucedida na vida.
O grande “problema” é que Vincent e Katherine estão realmente juntos há algum tempo. Como era de se esperar, uma hora o assunto “casamento” viria à tona, e isso ocorre quando Katherine participa de uma reunião com amigos do tempo de escola e vê todos casados, com filhos, bem desenvolvidos na vida. A jovem logo confronta seu amado com a ideia. Mas, aparentemente, ele não está pronto.
É quando entra na história Catherine (agora com “C”), uma jovem loira e de corpo bem atraente, que surge para conturbar a vida de Vincent. Em uma das noitadas no bar, após deixar os amigos, Vince se envolve com a gata, mesmo sem perceber. Ao mesmo tempo, o “garanhão” começa a ter pesadelos que envolvem ovelhas e versões distorcidas de seus pensamentos, como uma Katherine em versão noiva monstruosa.
Aventura e quebra-cabeças
A história de Catherine surpreende por oferecer uma série de reviravoltas a todo momento, isso em falar no desespero vivido pelo protagonista, já que sua namorada pode descobrir sobre a outra mulher e vice-versa. O legal de tudo é que o jogador pode escolher qual caminho tomar ao longo do game, que apresenta nada menos que oito finais diferentes, dependendo das escolhas tomadas. Mas não pense você que a jogabilidade é só baseada em acompanhar a saga de Vincent e escolher diálogos, há um outro elemento que deixa o jogo ainda mais curioso.
Confira o gameplay do jogo:
O momento em que os jogadores interagem mais com o game se encontra nos pesadelos deVincent. Cada capítulo do jogo é dividido em uma noite de sono do jovem, que logo se transforma na pior coisa que já poderia ter acontecido a este rapaz. É aqui que entra em cena a faceta quebra-cabeça de Catherine.
Vincent e Catherine |
A missão de Vincent nesse cenário é subir uma espécie de torre de cubos, onde é preciso pensar antes de realizar o próximo passo, e pensar rápido! Atras de Vince está o principal perigo do pesadelo, que é uma versão distorcida de uma de suas preocupações (que vão surgindo ao longo do game). Se este elemento alcançar Vincent, é Game Over na certa.
Para escapar, ou chegar ao topo, é preciso puxar e empurrar cubos de forma correta, para que eles se liguem e formem escadas. Todo cuidado é pouco, pois um movimento errado pode definir sua vitória ou derrota. E acredite, o game é bem cruel neste momento, principalmente se o jogador não estiver na dificuldade mais fácil, que oferece a possibilidade de voltar um movimento errado. Ainda assim, mesmo que esteja, é possível sofrer um pouquinho.
Este ponto de jogabilidade pode fazer muito jogador torcer o nariz, já que difere totalmente do estilo adventure presente no resto do jogo, mas surpreende pela boa dificuldade (principalmente para quem busca desafio) e pela originalidade. De longe, lembra o clássico game Q*Bert, mas só de longe mesmo.
Muitos vão chorar
Porém, é justamente o ponto de “dificuldade” é que pode causar o afastamento de alguns jogadores do título. Para se ter uma ideia, quando foi lançado no Japão, Catherine era bem mais difícil e foi alvo de reclamação por parte do público. Isso fez com que a Atlus lançasse uma atualização para o jogo, facilitando um pouco e incluindo o modo Easy. Que os céus abençoem esta geração, não é mesmo?
Ainda assim, mesmo no Easy, é possível perder a paciência em alguns momentos, principalmente porque o jogo funciona com o clássico sistema de vidas. Perdeu todas? É Game Over geral e retorna para seu último ponto de salvamento, que pode ser um pouco distante de onde você estava até o momento do pesadelo.
Mas, se você não liga para dificuldade, pode colocar o game na modalidade mais difícil e sofrer umas boas horas na frente do videogame. Catherine não é um jogo tão curto, mas na dificuldade mais alta ele pode durar até por volta de 20 horas, com folga.
Katherine - Namorada de Vincent |
Trair e coçar
O game ainda reserva algumas surpresas em seus cenários. Os diálogos entre Vincent e os outros personagens são muito interessantes e destrancam diversas possibilidades durante o jogo. Além disso, há um minigame escondido que vai distrair por alguns momentos – o Rapunzel -, que funciona de forma bem similar aos pesadelos de Vince, mas que são bem mais fáceis.
Gráficos são um grande destaque por aqui e dão uma ideia do que seria um Shin Megami Tensei ou um Persona nesta geração. Muitas das cenas são feitas em animação japonesa, de alta qualidade, mas a maioria é feita a partir do gráfico do jogo, que simula muito bem estas animações. Os personagens têm expressões fortes, os típicos olhões de animês e, claro os mais diversos trejeitos. Ponto máximo com louvor para a parte gráfica. Claro que não dá para comparar com um Crysis 2 da vida, mas se encaixa perfeitamente à proposta do game.
Em alguns momentos, no mundo dos pesadelos, Vincent vai ser confrontado também com diálogos entre as ovelhas (não podemos falar quem são para não estragar surpresas do enredo), que vão influenciar em sua fidelidade ou não com a namorada Katherine.
O mais legal é que o jogo oferece questões típícas que são respondidas pelo protagonista e enviadas à internet. Coisas do tipo “É normal trair? – Sim ou não?”. Ao votar, é possível ver qual foi a opção mais escolhida por jogadores de todo o mundo, e ainda dividir o público votante entre homens e mulheres. Sacada digna de nota da produtora.
Conclusão
Catherine é uma bela opção para quem busca algo novo nos videogames atuais. O jogo mescla um conceito de aventura e quebra-cabeça sem deixar a originalidade de lado. A produtora Atlus resolveu lançar um game que flerta com traição e fidelidade entre namorados, assunto que é considerado tabu por muita gente, e por isso merece elogios pela coragem e inovação. O game pode ser bem difícil para quem não está acostumado com um desafio mais alto, mas ainda assim vai divertir pela história, que é repleta de reviravoltas e outras surpresinhas na jogabilidade. No final, só resta a pergunta: E aí, Catherine ou Katherine?
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