Review
Na época de seu lançamento, Final Fantasy XIII foi um jogo controverso. Aos olhos dos fãs, o game não parecia um legítimo Final Fantasy e ainda assim foi o responsável por introduzir a série para uma nova geração de consoles – no caso o PlayStation 3 e também o Xbox 360. Mas qual foi a polêmica?
Nota:
- 9
- 8
- 9
- 9
Prós
- Cenários menos lineares.
- Extras bacanas.
- Gráficos lindos.
- Jogabilidade divertida.
Contras
- História não é o forte.
- Apenas dois personagens no grupo.
Conclusão
Final Fantasy XIII-2 é um típico RPG japonês e muita gente vai gostar disso. O jogo soa como um pedido de desculpas da Square Enix a seus fãs, que tenta compensar os erros cometidos em Final Fantasy XIII. Aqui a história não é o forte do jogo, mas sim sua jogabilidade, gráficos e novidades extras, como o cassino, além do sistema de viagem no tempo. Vale uma conferida se você já era fã antes e também se pretende embarcar agora no mundo de Final Fantasy.
Final Fantasy XIII-2 é a continuação que supera o original
Nome: Final Fantasy XIII-2
Gênero: RPG
Distribuidora: Square Enix (distribuído no Brasil pela Ecogames)
Plataformas: PS3, Xbox 360
Gênero: RPG
Distribuidora: Square Enix (distribuído no Brasil pela Ecogames)
Plataformas: PS3, Xbox 360
O game tinha lá alguns elementos clássicos de Final Fantasy, mas muitos deles haviam sumido ou tinham sido sumariamente modificados. A maior reclamação, porém, ficou por conta da linearidade do jogo. Para terminar a aventura, o jogador precisava apenas seguir uma linha praticamente reta, chegar ao final dos cenários e derrotar inimigos, sem muita variação disso.
Não haviam cidades para serem exploradas, lojas, hotéis de descanso, nada disso. Elementos clássicos como uma nave controlável em um grande mapa também haviam sumido. Até mesmo a música de vitória das batalhas – a tradicional fanfarra – havia sido substituída.
De qualquer forma, o jogo teve lá sua importância. Estávamos vendo Final Fantasy em alta definição pela primeira vez nos games. A história também era até boa e os personagens eram carismáticos. Talvez seja por isso que a Square Enix tenha resolvido lançar uma continuação direta, situada no mesmo mundo e com personagens em comum.
Retorno a Pulse
A história de Final Fantasy XIII-2 começa um certo tempo depois do final do anterior. Para sermos mais exatos: três anos após. O cenário atual, ainda Gran Pulse, é um pouco diferente do que tínhamos encontrado no final do game passado – Lightning, a heroína da primeira aventura, está desaparecida, deixando sua irmã – Serah – sozinha. Mas nem tudo é o que parece.
Todos acreditam que Lightning está morta, mas Serah, de alguma forma, sabe a verdade. Para ela, sua irmã está presa em um tipo de dimensão paralela onde precisa combater forças do mal como uma espécie de divindade, com poderes além do imaginado. A jovem Serah tem sonhos deste tipo com sua irmã toda noite, até que o sonho acaba se confirmando, quando entra para o elenco o primeiro personagem inédito da aventura – Noel Kreiss.
Noel é um viajante do tempo e foi enviado por Lightning para buscar Serah. No início a jovem não acredita em Noel, mas a história do rapaz é logo comprovada, o que leva Serah a sair em busca da irmã em uma aventura que não revela o que teremos pela frente – tudo graças ao conceito de viagem no tempo.
A história de Final Fantasy XIII-2 não nos diz muita coisa no início. Na verdade, em princípio, ela parece confusa e mal contada, mas logo as coisas se encaixam, novos detalhes são revelados, reviravoltas acontecem e a coisa fica um pouco mais empolgante. Demora, mas vale a pena. Melhor não contarmos mais do que isso por aqui, já que nossa intenção não é revelar surpresas que a trama guarda aos jogadores.
Em time que está ganhando… mexe-se pouco
A jogabilidade em Final Fantasy XIII-2 praticamente repete tudo o que foi visto no anterior, mas com melhorias. Basicamente o personagem se movimenta da mesma forma pelos cenários, com a diferença de que os mesmos cenários agora estão maiores e com mais opção de exploração. Sim, dê adeus ao mundo linear de Final Fantasy XIII, aqui dá até para você se perder se não ficar ligado no mapa.
Por conta desse e outros elementos, XIII-2 soa quase como um pedido de desculpas daSquare Enix para os fãs. Algo do tipo: “este é o jogo que o anterior deveria ter sido”. Mas tão poucas mudanças justificam tantos elogios para XIII-2? Na verdade, as poucas mudanças foram feitas só na jogabilidade. Outros pontos do game receberam belas adições, mas falaremos disso mais adiante.
Entre outras novidades há o sistema de viagem no tempo. Como Noel veio do futuro, nada mais justo que incluir um sistema desses, certo? É possível avançar para o futuro ou retornar ao passado, por meio do sistema Historia Crux – revivendo cenas já completadas pelo jogador. Mas por que alguém iria querer fazer isso? Para coletar itens que antes não eram acessíveis ou vencer monstros que antes pareciam impossíveis de se derrotar. É algo que some positivamente ao game.
Sobre as batalhas, temos a mesma fórmula da jogabilidade geral – poucas mudanças. Os personagens ainda possuem os chamados paradigmas, sistema que permite mudar de classe e tipo de ataque durante a luta em tempo real. Seu herói pode ser “comando”, por exemplo, e se focar em ataques físicos, mas logo ele pode mudar para “ravager” e se tornar um exímio conjurador de magias de ataque.
Há um ponto no game que pode gerar reclamações dos fãs, porém: em todo o jogo só controlamos Noel e Serah. Não há personagens adicionais que participem ativamente do seu grupo. Para um RPG, isso é péssimo, mas a Square Enix conseguiu contornar um pouco, inserindo o sistema de monstros ao game.
Temos que pegar!
O sistema de monstros imita o clássico Pokémon. Pois é, “temos que pegar” e tudo mais. A cada batalha que encarar pela frente você pode capturar os monstros que encontra para a sua equipe. Desta forma, eles complementam o time de batalha e podem até mesmo usar os paradigmas. Falando assim parece um pouco forçado, mas o funcionamento é eficaz e, de certa forma, compensa a falta de mais personagens no grupo.
De forma ativa, porém, só é possível usar um monstro por vez durante as batalhas, ainda que até três deles possam ser pré-configurados para serem utilizados a qualquer momento durante os embates. No total, seu “grupo” de lutadores não passa de três simultâneos, mas isso acaba sendo mais do que suficiente para dar cabo de seus inimigos.
Ah, vale lembrar que os monstros podem ser adornados. Isso mesmo, você pode decorar seus bichinhos com itens que encontrar pelo caminho. Não se espante se ver aquele bicho assustador em seu grupo usar um chapéu de cowboy, ou um chocobo (a ave amarela característica de Final Fantasy) utilizar uma gravata borboleta. É estranho, é diferente e faz parte da diversão do sistema de monstros.
Pacote mais completo
E sobre os extras que citamos? Bem, são eles que complementam o jogo e tornam Final Fantasy XIII-2 um verdadeiro RPG japonês. A história já é viajada o bastante para isso, o que é bom neste caso, mas os extras é que tornam o game o que ele é. A começar pelos “brindes” oferecidos pela Square Enix em pré-vendas e outros afins. Quando você imaginaria um Final Fantasy tendo roupas alternativas para os personagens vendidas por download? Isso pode ser ruim para quem não está acostumado com novidades em uma série tão tradicional, mas é bom por trazer um “ar novo” ao game.
Outros extras presentes são menos mercenários e adicionam mais à experiência sem que o jogador tenha que gastar mais dinheiro do que já pagou pelo jogo. Há, por exemplo, um tipo de parque/cassino de dentro do game, onde é possível participar de diversos minigames. De longe, lembra um pouco aquele parque – Gold Saucer – que é visto em Final Fantasy VII. Vale como referência.
Final Fantasy XIII-2 guarda outros extras aos fãs, como participações especiais de outros personagens – ainda que não entrem no grupo – referências ao jogo anterior e até mesmo citações que dão dicas sobre futuros conteúdos a serem vendidos por download. O personagem Sahz, por exemplo, já é um dos futuros conteúdos extras confirmados para o game, com uma nova história completa centrada nele.
A arte de Final Fantasy
Final Fantasy XIII-2 também continua tão bonito quanto o anterior, com um grande destaque nas cenas de ação, como a cena que abre o game, por exemplo. Os personagens continuam detalhados e com visual altamente inspirado, além de provocativo – a roupa nova de Serah tornará a jovem um objeto de desejo dos marmanjões.
Os cenários vastos estão ainda mais bonitos nesta versão do jogo e, como era de se esperar, todas as batalhas são um verdadeiro colírio aos olhos, com efeitos de cair o queixo e uma série de monstros com designs legais.
Um ponto que merece citação é a parte sonora de Final Fantasy XIII-2, diferente de tudo que você já viu em um Final Fantasy! Espere por músicas do gênero metal pesado e também o pop mais grudento que você já viu na sua vida. Desta vez não há apenas um artista cuidando da trilha sonora do game e sim vários deles, incluindo bandas japonesas bem famosas por lá.
Conclusão
Final Fantasy XIII-2 é um típico RPG japonês e muita gente vai gostar disso. O jogo soa como um pedido de desculpas da Square Enix a seus fãs, que tenta compensar os erros cometidos em Final Fantasy XIII. Aqui a história não é o forte do jogo, mas sim sua jogabilidade, gráficos e novidades extras, como o cassino, além do sistema de viagem no tempo. Vale uma conferida se você já era fã antes e também se pretende embarcar agora no mundo de Final Fantasy.
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