Review
Nota:
- 9
- 9
- 9
- 9
Prós
- Enredo envolvente.
- Multiplayer online viciante.
- Possibilidade de customizar o gameplay.
Contras
- Impossibilidade de importar saves.
- O final pode decepcionar.
- Queda de frames deixa o jogo “truncado” em certos momentos
Conclusão
Mass Effect é uma das grandes sagas da atual geração de consoles, e com este game a história do comandante Shepard chega ao fim. Para quem acompanhou os outros dois jogos, trata-se de um game obrigatório, que faz referências a praticamente tudo que já ocorreu nos outros títulos da franquia. Os novatos podem achar a trama confusa, mas com um pouco de paciência também podem aproveitar este épico espacial.
Confira uma análise do Santa Games sobre o novo Mass Effect:
Mass Effect 3 fecha a trilogia da Bioware de forma épica
Nome: Mass Effect 3
Gênero: RPG
Distribuidora: Eletronic Arts
Plataformas: Xbox 360 e PS3
Gênero: RPG
Distribuidora: Eletronic Arts
Plataformas: Xbox 360 e PS3
O terceiro jogo da franquia Mass Effectchegou no dia seis de março, com lançamento simultâneo no varejo e nas lojas virutais. O game era um dos títulos mais aguardados de 2011 e, segundo o diretor de marketing da Bioware, David Silverman, foi o melhor jogo já feito pela empresa – de fato,Mass Effect 3 vem colecionando elogios da imprensa especializada. Porém, alguns jogadores tiveram uma opinião diferente, avaliando que o título ficou abaixo das expectativas. Acompanhe nosso review para saber, afinal, quem tem razão.
Confira seu gameplay aqui =D
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Em uma galáxia nada distante
O enredo do game se passa algum tempo depois de Mass Effect 2: após desvendar o sumiço das colônias humanas, o comandante Shepard descobre que os Reapers – uma raça de criaturas sintéticas que existe desde o começo dos tempos para eliminar a vida orgânica da galáxia – está prestes a iniciar um novo ciclo de extinção.
Porém, ao chegar na Terra, ele é recebido como um herói pelos seus atos, mas suas palavras são tratadas com descrédito. Após os eventos do game anterior, em que ele se envolveu com a nefasta corporação Cérbero, Shepard acaba dispensado do serviço militar e só não enfrenta a Corte Marcial por conta da sua reputação graças aos serviços prestados à Aliança Terrestre.
Mas mesmo os políticos da Terra não podem ignorar os indícios da proximidade da ameaça. Shepard é chamado para depor em uma reunião de cúpula em Vancouver, já que ele é o único que teve um contato de primeiro grau com os Reapers. Mesmo expondo seus argumentos, ele vê o planeta inerte por conta da burocraia dos nossos governantes.
Obviamente, o inimgo não espera de braços cruzados enquanto a Aliança decide a melhor forma de encarar o problema: durante a reunião, o planeta sofre um ataque relãmpago, e centenas de vidas se perdem num segundo – incluindo os membros do parlamento, que tanto hesitaram em se preparar para este fatídico momento.
Com os políticos fora da jogada, é hora de agir. O comandante David Anderson utiliza sua influência na Aliança para, dentro das circunstâncias, colocar Shepard de volta ao serviço. Restituido ao posto de comandante, Shepard sobre à bordo de sua nave Normandy e parte pela Via Láctea em busca de reforços, enquanto Anderson fica na terra para organizar a resistência.
Amigo é coisa para se guardar
Mas será que quando Shepard retornar ele irá fazer a diferença, ou apenas aumentar a contagem de corpos? Isto depende das ações do jogador, tanto neste game quanto nos anteriores, já que Mass Effect permite que você importe um jogo salvo no HD (o recurso infelizmente não funciona para quem guarda seus arquivos na nuvem) para que todas as suas decisões anteriores sejam levadas em consideração nesta nova aventura, criando uma experiência bastante pessoal.
Falando em escolhas, Mass Effect 3 tem as decisões mais difíceis da série: desta vez não é a vida do comandante e sua tripulação que está em jogo, mas o destino de civilizações inteiras. Os seus atos podem evitar ou resultar em mortes de pessoas queridas e até extinções de raças alienígenas, mudando de forma significativa a balança do poder na galáxia.
O elenco, entretanto, está reduzido em relação ao game anterior: existem menos companheiros disponíveis na equipe da Normandy, mas em compensação os diálogos estão mais trabalhados e, mesmo que não existam as “missões de lealdade” presentes no game passado, há um bom desenvolvimento dos personagens – desde que você tenha paciência para ouvir os seus amigos.
Ouvir, aliás, é uma palavra importante em Mass Effect, já que a tripulação interage mesmo quando você não está ativamente dialogando com ninguém. Passeando pelos corredores da nave, é possível ouvir momentos hilários, como o concurso de piadas entre o piloto Joker e o turian Garrus, apenas para citar um dos momentos divertidos do game.
Os atores, no geral, fizeram um bom trabalho de dublagem: temos destaques óbvios, como Ash Sroka dando vida à Tali’Zorah vas Normandy; grandes nomes do cinema, como Martin Sheen que retorna como a voz ao Illusive Man; e até os canastrões se esforçaram: a atuação de Mark Meer como a voz masculina do Comandante evoluiu bastante, mas ainda apresenta momentos em que poderia expressar uma carga dramática maior.
Olhando para o espaço
Os gráficos do jogo não tiveram uma melhoria significativa em relação a Mass Effect 2, mas desta vez a Bioware fez um bom trabalho para retratar a escala planetária dos eventos narrados no game: tudo parece maior e mais épico, do que nos jogos anteriores. Os cenários chamam atenção e o design dos elementos do game (sejam personagens, lugares ou até mesmo equipamentos) continua sendo bastante criativo.
Mass Effect 3 só não leva nota 10 no quesito “gráficos” por conta de algumas falhas desagradáveis, como a queda de frames presente especialmente no começo da aventura, o que prejudica o ritmo da história no começo da trama – exatamente no momento em que o jogador precisa ser cativado – e alguns problemas de texturas presentes principalmente na versão para PC.
Outro problema irritante é a falta de sincronia entre as falas e os lábios dos personagens. Uma sincronia melhor entre a imagem e a dublagem teria auxiliado na imersão do jogador, o que é fundamental em um RPG. Ainda assim, jogar Mass Effect 3 é uma experiência visualmente agradável.
Língua afiada e dedo no gatilho
A jogabilidade continua basicamente a mesma, mas com alguns elementos novos: os personagens estõa mais ágeis, rolando e saltando pelo cenário, o que permite ao jogador tirar melhor proveito do sistema de cobertura. Os controles do jogo só não são perfeitos pois existem falhas no detector de colisão, o que pode fazer o personagem se abrigar em uma cobertura quando você simplesmente quer correr ao lado de uma parede, ou ainda proporcionar momentos constrangedores na hora de subir uma escada.
Outras melhorias ocorreram na exploração interplanetária, que ficou mais simples: em vez de escanear planetas inidivualmente em busca de recursos, você utiliza os sensores da nave para fazer uma varredura em área, que acusa quais locais de um determinado sistema possuem recursos – e desta vez, nada de minerais ou elemento Zero: tudo que você encontra é utilizado como para melhorar as suas tropas, para completar missões paralelas ou na pesquisa de upgrades, um formato bem mais simples e direto.
Claro que a busca constante por recursos pode atrair a atenção indesejada dos Reapers, o que exige uma fuga desesperada já que o confronto direto não é uma opção – inicia aí um minigame divertido, que apesar de fácil ajuda a dar um colorido para a exploração espacial. Outros, entretando, foram suprimidos deste jogo: não existem mais os minigames para hackear computadores e para abrir portas, fazendo com que a ação seja mais direta nas missões de campo.
Mas não pense que essa abordagem deixou o jogo com cara de Gears of War: na verdade, em Mass Effect 3 a Bioware conseguiu o equilíbrio perfeito entre combate, exploração e interação social. Mesmo assim, jogadores que preferem mais ação ou mais diálogos podem configurar o game para ressaltar essas partes específicas: é possível transformar os diálogos em cutscenes para remover a responsabilidade da escolha, ou tornar os combates mais fáceis para jogadores que queiram apenas apreciar uma boa história.
Diversão entre amigos
Outra novidade de ME3 é o multiplayer cooperativo on line. Aqui, você se alia a até três outros jogadores para lutar em vários fronts da guerra, seja no sistema da Aliança Terrestre até setores mais afastados, como Terminus. Cada partida consiste em eliminar levas de inimigos enquanto o seu time faz tarefas específicas, como hackear um terminar, acionar sistemas defeituosos, desabilitar mecanismos inimigos ou até mesmo neutralizar oponentes específicos em um curto espaço de tempo.
O modo é simples, mas bastante empolgante e viciante. Para completar, apesar de ser independente da campanha, o multiplayer acaba sendo complementar, já que o seu desempenho no comando destes soldados genéricos pode afetar a prontidão da galáxia e, no final das contas, contribuir para que a investida final do comandante Shepard contra os Reapers tenha um desfecho melhor.
E é exatamente aí que está a maior crítica dos fãs em relação ao jogo: para pegar o “final feliz”, é necessário investir algumas horas jogando on line. Gamers que não tenham acesso à internet acabam vendo apenas finais mais trágicos. Tudo bem que todos os encerramentos são relativamente semelhantes, mas são exatamente os detalhes que podem definir a frustração ou o contentamento derradeiro do jogador.
O desfecho da história, aliás, gerou bastante polêmica: o maior protesto dos fãs é que muitos detalhes ficam em aberto. Porém, na opinião, não é isso que faz de Mass Effect um jogo ruim: o foco da aventura é a jornada do Comandante Shepard, e este, definitivamente, teve um destino heróico em todas as conclusões apresentadas pela Bioware. Em uma franquia como esta, se apegar apenas aos minutos finais é como querer acompanhar uma corrida vendo apenas a linha de chegada, quando as maiores emoções estavam presentes em cada ultrapassagem.
Conclusão
Mass Effect é uma das grandes sagas da atual geração de consoles, e com este game a história do comandante Shepard chega ao fim. Para quem acompanhou os outros dois jogos, trata-se de um game obrigatório, que faz referências a praticamente tudo que já ocorreu nos outros títulos da franquia. Os novatos podem achar a trama confusa, mas com um pouco de paciência também podem aproveitar este épico espacial.
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