Review: Shift 2 Unleashed

Review

Depois de colher boas críticas em sua versão anterior, Shift 2 chega inovando não só em seu título (agora sem associação com a franquia Need For Speed), mas na jogabilidade e nas opções online. Confira: 

Nota:

• GRÁFICOS8
 
• JOGABILIDADE7
 
• DIVERSÃO9
 
• SOM8

Prós

• Sistema de colisão.
• Gráficos bem desenhados.
• Opções online.

Contras

• Jogabilidade imprecisa.
• Menus confusos.

Conclusão

Shift 2 mostrou que merece ser desligado da franquia Need For Speed e ser considerado um jogo autêntico em uma franquia que promete. A evolução em relação ao seu título anterior é bem notável, principalmente no aspecto visual. Entretanto, para alcançar os ponteiros do gênero é preciso uma boa reformulação na jogabilidade, mesmo que esta ainda continue agradando boa parte dos jogadores.

Confira uma análise do UOL jogos:

Shift 2 Unleashed, o início de uma nova franquia

Nome: Shift 2 Unleashed 
Gênero: Corrida
Distribuidora: Eletronic Arts
Plataformas: PS3 / Xbox 360 / PC

NFS: Shift 2 Unleashed

O início de uma nova saga 

Todos sabem que a franquia Need For Speed já passou por altos e baixos. Enquanto as suas versões Underground eram fenômenos de venda, impulsionadas pela moda “tunning”, a versão ProStreet foi um verdadeiro fiasco na tentativa de carregar a franquia para os circuitos tradicionais. Por isso, poucos eram aqueles que depositavam confiança no sucesso de NFS Shift. 

Confira um gameplay  do novo Need for Speed:

Deixando todos boquiabertos, a EA conseguiu desenvolver um game eficiente o bastante para deixar jogos como Forza 3 e Gran Turismo 5 (que na época ainda não tinham sido lançados) incomodados. Já que com o sucesso de Shift 2, mais um título de peso entraria na disputa ao posto de melhor game do gênero.

Quando todos os jogos foram lançados, Shift caiu no esquecimento, mas quando surgiram os rumores da nova versão, as atenções novamente se voltaram para a EA. A produtora prometia demais em seus vídeos de divulgação. No entanto, boa parte do que foi anunciado não conseguiu ser representado com eficiência no jogo, fazendo com que Shit 2 seja apenas um bom jogo de corrida, longe de incomodar Forza 4 e Gran Turismo 5.

Não fique sozinho

A grande propaganda de Shift 2 era em relação a interação online do game com a sua comunidade virtual chamada de Autolog. Através dela, é possível acompanhar o avanço de seus amigos e outras comparações de desempenho. Isso sem contar com a facilidade de convidá-los para disputas via rede.

No modo para um jogador, o jogo foca no Modo Carreira, em que é preciso vencer competições para evoluir no jogo, adquirir créditos para upgrades em seus veículos ou até mesmo adquirir outras máquinas. Mas os jogadores casuais não precisam ficar agoniados, pois Shift 2 também conta com provas avulsas dentro do modo Single Racer.

Estas, por sua vez, já são conhecidas pelos jogadores da franquia e de outros jogos deste gênero. Elas se dividem em: corridas simples, contra o tempo, eliminação por volta, o famosoDrift (corrida em que a pontuação é adquirida de acordo com manobras de derrapagem), entre outras. O jogo também conta com multiplayer local em tela dividida.

Talvez o único problema seja achar tudo isso e se orientar, pois os menus de Shift 2confundem bastante e ainda contam com uma lentidão fora do normal. Em relação a navegação online, mesmo contando com uma boa conexão é preciso ter paciência para conferir tudo que rola no Autolog.

É preciso ser piloto!

A jogabilidade de Shift 2 divide opiniões. Existem aqueles que defendem a excelente sensação de velocidade imposta em longas retas, exigindo atenção total do piloto, pois um simples desvio na direção pode acarretar em um grave acidente. Por mais que seja realista, é um tanto irritante a facilidade com que os veículos mais velozes perdem o controle em altas velocidades.

Shift 2 Unleashed

Talvez a melhor opção seja por no modo automático algumas opções de condução, como controle de tração e freada. Entretanto, estas também não conseguem ser totalmente eficientes, fazendo com que mesmo assim o piloto seja cauteloso o tempo todo.

Mas o que realmente incomoda em Shift 2são as escapadas do carro durante as curvas. A todo o momento eles insistem em deslizar para os lados dando a impressão de que a pista está completamente escorregadia. Depois de nos depararmos com outros jogos do gênero que apresentam uma jogabilidade mais precisa, é difícil acostumar com as “sambadinhas” dos carros presente no jogo da EA.

Apanhando dentro do cockpit

O que mais impressionava na versão anterior de Shift 2 era o sistema de visão interna dentro do cockpit. Nenhum jogo, até hoje, conseguiu reproduzir com tanta perfeição a sensação de pilotar um veículo de corrida na visão de um piloto. Além da possibilidade de olhar para os lados e visualizar os retrovisores para conferir a aproximação dos adversários, a visão ficava comprometida durante momento de alta velocidade, o que era incrível.

Como se não bastasse, o sistema de colisão ajudava a manter o clima de “um dia de piloto”. Após um forte impacto, a sua visão ficava turva como conseqüência de uma desaceleração repentina e uma chacoalhada no cérebro. E para completar, os danos no carro comprometiam mecanicamente e visualmente o desempenho durante o restante da prova.

Todos esses elementos foram mantidos e aprimorados em Shift 2. O jogo ainda conta com uma novidade - a visão de dentro do capacete do piloto. Esta fica mais distante do painel interno, mas possibilita um ângulo maior de visão da pista, aumentando ainda mais o clima da corrida.

Gráficos medianos

Os gráficos de Shift 2 receberam uma boa reformulação. Pode-se notar um maior detalhamento dos cenários, tanto na parte exterior (em que retrata paisagens e outros elementos externos) quanto na parte interior. Um exemplo bem notável é em relação aos detalhes que compõe o asfalto, estes por sua vez apresentam sinais de desgaste e até mesmo freadas dos veículos durante as provas.

Os carros são reproduzidos de forma fiel aos modelos originais. Inclusive no momento das colisões, onde as conseqüências são reproduzidas de uma forma aceitável, algo que muitos jogos do gênero não conseguem reproduzir com tamanha qualidade.

Também é possível notar um trabalho minucioso em relação a parte sonora do game. O áudio dos impactos surpreende passando uma nítida sensação da lataria se despedaçando, com direito a um gemido do piloto, depois de um forte acidente.

Porém, na hora de fazer uma comparação com os gigantes do gênero (Gran Turismo e Forza), Shift 2 ainda fica devendo devido a falta de detalhes e reflexos na lataria dos veículos. Nada que uma nova versão não possa resolver.

Conclusão

Shift 2 mostrou que merece ser desligado da franquia Need For Speed e ser considerado um jogo autêntico em uma franquia que promete. A evolução em relação ao seu título anterior é bem notável, principalmente no aspecto visual. Entretanto, para alcançar os ponteiros do gênero é preciso uma boa reformulação na jogabilidade, mesmo que esta ainda continue agradando boa parte dos jogadores.